quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Desespero e desânimo não constroem

“Se você está sob a pressão de algum problema, recorde que desespero ou desânimo não oferecem amparo algum.” (André Luiz – Livro “Busca e Acharás”, item 24 – psicografia de Francisco Cândido Xavier.)
 
Na vida, são naturais os problemas que afloram, pois a sociedade terrena, de uma forma geral, ainda não logrou encontrar um padrão de vida devidamente adequado, onde se possa identificar claramente um perfeito equilíbrio no contexto dos interesses humanos.
Cada homem segue pelos dias da existência, de conformidade com a sua estruturação pessoal, dentro de sua individualidade, experimentando o desafio dos obstáculos atinentes às necessidades do seu crescimento interior; uns com mais dificuldades, outros com barreiras menores, mas todos tendo pela frente muitos obstáculos a serem transpostos.

No entanto, o que causa curiosidade é que, via de regra, a criatura, diante de um desafio a superar, ao invés de arregimentar forças para o cometimento, faz exatamente o inverso, isso é, cai no desânimo ou se prostra na desesperança.
Ora, se com coragem e determinação não é tão simples superar dificuldades ou um problema qualquer, será mais difícil ou quase impossível vencê-lo manietado a um estado deplorável de abatimento.
Não vamos, evidentemente, fazer a apologia da dor nem cultuar o sofrimento, mas não podemos fugir à realidade de que somos seres humanos ainda muito distanciados da verdadeira vivência cristã e que, por isso, ainda experimentamos constantes reveses com o nome de decepção, abandono, ingratidão, pobreza, doença, incompreensão, desamor e tantos outros.
E não nos consta, em qualquer exame mais acurado, que o desânimo ou o desespero tenham realmente ajudado a solucionar qualquer problema, antes sim, têm feito gerar grandes complicações, escurecendo ainda mais os quadros já enegrecidos.
Observemos que o atleta vence uma maratona depois de exaustivos exercícios físicos; que o médico maneja o bisturi após cansativos anos escolares e estágios; que o professor leciona posteriormente a longos estudos em livros e apostilas; que o engenheiro não rasga uma estrada ou edifica um prédio sem antes elaborar minucioso projeto.
Obviamente, nós não podemos almejar o diploma da grandeza interior, dos valores morais e do equilíbrio pessoal sem antes cursarmos, na escola da vida, as lições imprescindíveis que emanam das seguidas experiências cotidianas, e, certamente, o desespero e o desânimo em nada ajudarão.
Então, se os problemas surgem, lembremo-nos de Jesus quando afirmou: “tende bom ânimo!”.
 
*Por Waldenir Aparecido Cuin (wacuin@ig.com.br), Votuporanga, SP (Brasil), em O Consolador.