quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Superinteressante: Chico Xavier, o homem, os espíritos, a polêmica

A publicação salienta a pessoa caridosa que fora o médium, e seu importante trabalho, que inclui a psicografia de suas 439 obras
 
A revista Superinteressante de setembro de 2014 (Ed. Abril) dedicou sua edição a Chico Xavier. Desde a capa, com imagem do médium psicografando, e mais de sessenta páginas da edição, a publicação dá foco às inúmeras realizações que aconteceram na história do Espiritismo no Brasil, ressaltando a importância de Chico Xavier, que dedicou sua vida para o bem e para a divulgação da doutrina espírita.
 
 Trazendo informações expressivas, a matéria divulga dados interessantes: “Existem cerca de 15 mil centros espíritas no mundo. O Brasil tem 14 mil deles, ou 92%. Desde o século 19, quando o espiritismo surgiu na Europa, o espiritismo foi moda em alguns países, como França e Inglaterra, mas pegou mesmo no Brasil. Uma série de razões explicam por que a religião cresceu mais aqui do que em qualquer lugar: a opção pela assistência aos pobres (em contraponto à vertente científica que vigorou na Europa), a criação da Federação Espírita Brasileira, responsável por unir o movimento, e o fim da perseguição aos seguidores de Allan Kardec, uma vitória no início do período republicano no País. No entanto, nada disso teria dado tanta popularidade à religião se não houvesse surgido outro fenômeno: Chico Xavier”.
 
A publicação salienta a pessoa caridosa que fora o médium, e seu importante trabalho, que inclui a psicografia de suas 439 obras. “Chico não foi uma figura central apenas para o espiritismo. O médium vendeu cerca 50 milhões de livros, o que fez dele o maior best-seller no mercado editorial nacional, batendo Paulo Coelho nas vendas realizadas no País. O médium pautou novelas e bateu recordes de audiência na TV. Enfim, foi a maior figura religiosa e um importante personagem cultural do Brasil no século 20 para espíritas e céticos” – cita.
 
 Também afirma a matéria: “Chico Xavier foi um menino atormentado por vozes, que só entrou na escola aos 9 anos. Quando conheceu o espiritismo, aos 17, se desdobrou para dar conta das sessões, da caridade e de vários empregos. Nunca teve vida social ou casou. Morreu como mito, aos 92 anos, depois de transformar a religião no Brasil.” 
 
 “Parte do fenômeno ao redor do médium mineiro se deve ao trabalho de desbravadores que abriram o caminho para que Chico pudesse desenvolver sua prática sem ser perseguido, como ocorreu com espíritas pioneiros.”
 
 “Quando Chico Xavier se converteu ao espiritismo, a doutrina já tinha mais de 60 anos de atuação no Brasil.”
 
A revista traz para o leitor, organizados numa linha do tempo, os principais fatos que marcaram a história de Chico Xavier e muitos deles marcos na história do espiritismo, desde a publicação dos livros da codificação, por Allan Kardec, em 1857, até a publicação do centésimo livro publicado pelo médium, em 1969.
 
A edição dá a sua grande contribuição para a divulgação do espiritismo, que conta hoje, segundo estimativa da Federação Espírita Brasileira, com 30 milhões de simpatizantes no país e com 53 países pelo mundo com atividades em torno da doutrina.
 
Um estímulo a mais também a todos nós que desejamos e trabalhamos para ver a doutrina consoladora fazendo parte cada vez mais do dia a dia das pessoas.
 
*Texto escrito por Raymundo Espelho para o site de O Clarim.