terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

1º Encontro Da Família do LEAE


Não podia surgir encontro em tempo melhor. Necessitamos, todos, de olhares atentos para nossas relações e, principal e especialmente, para relações familiares. Isso porque a família é a base, o esteio, o sustento de uma sociedade mais justa. E ultimamente passamos por mudanças nas constituições familiares.

Pensando nessa nova realidade, o Lar Espírita Aprendizes do Evangelho (LEAE), promove neste próximo mês, em março, o 1º Encontro da Família com o tema: “Família, um amor que não desiste”.

Sabendo que é, também, no ambiente familiar que conhecemos nossos primeiros valores e recebemos as primeiras regras sociais e aprendemos a perceber o mundo, a Casa tomou a iniciativa de promover o encontro. Para isso convidou três palestrantes que ajudarão a explanar o tema: Kelly Araújo e o casal Pedro e Cristina Piloni.


Os ministrantes falarão sobre o tema do 1º Encontro no dia 08 de março, segundo domingo do mês, na própria sede do LEAE, das 16hr às 18hrs. Para os interessados em se inscrever ou mais informações, podem procurar a diretoria da Casa pelo e-mail aprendizesdoevangelho@gmail.com.


Sobre os palestrantes e o tema


Kelly Cristina Silva de Araújo, espírita desde que nasceu, há 39 anos, frequenta a Associação Espírita Francisco de Assis (ASSEFA), no Centro de Várzea Grande.

Já é evangelizadora desde os 13 anos. Palestrante e monitora do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE) de sua casa desde os 20.

Com perfil dinâmico e extrovertido, notado até pela disposição em nos conceder esta entrevista, a jovem Kelly se diz grata pelo convite, sente-se honrada em participar do encontro. “Vi o Aprendizes do Evangelho ser fundado, pra mim é uma honra ser convidada para o evento, é o primeiro de muitos que virão, frisa Kelly.

Cheia de vontade a jovem palestrante diz ainda que achou fantástica a iniciativa. “Somos uma grande família envolvidos por laços que se fortalecem cada vez mais!”, ressalta.

Kelly será responsável, principalmente pela dinâmica infantil. O objetivo é passar o tema para as crianças de forma que entendam e absorvam a importância da família. “Vou compartilhar com as crianças através de dinâmicas, falaremos sobre o sentido espiritual das palavras LAR, UNIÃO, AFETO... e falar também sobre o alimento espiritual pelo Evangelho no Lar. A ideia é fazer uma relação do tema com a proposta de Jesus no Lar”, explica a ministrante.

Pedro Roberto Piloni, e diz espírita desde a infância,  “em torno de 4 anos - quando tive acesso às “aulas de moral cristã”, lembra ele.

Pelas primeiras palavras trocadas nesta entrevista, o palestrante já se apresentou desenvolto, cheio de histórias, mesmo que alegando certa timidez inicial. “Minha primeira palestra pública foi há 46. Com 18 anos eu tive que vencer a timidez, o medo e a vontade de desistir até o último momento. Mas não desisti. Anos antes, era encarregado de ministrar no centro o curso de “Iniciação Espírita” à semelhança do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE) na atualidade. Nessa época comecei a participar das reuniões mediúnicas de desobsessão, anotando em livro ata o teor das comunicações. Participei de todos os encontros municipais e regionais de “mocidade” no interior do Estado de São Paulo enquanto estive lá na década de 60, na cidade de Nova Granada, região de São José do Rio Preto. Chegando a Cuiabá em 1971, aos 21 anos, já pedagogo, minha primeira ocupação ao chegar ao Centro Espírita de Cuiabá, como era denominado à época, foi convidar jovens e apelar aos pais para que os trouxessem para retomar o funcionamento da “Mocidade Espírita Irmã Sheilla” que estava paralisada há algum tempo”, relata Pedro sobre sua iniciação espírita.

Pedro Piloni é frequentador e trabalhador desde 1971 do Centro Espírita Cuiabá (localizado no centro da Capital) “também conhecido como “Centro do calçadão” pois tem frente para a Rua Galdino Pimentel”, lembra o detalhista palestrante. Ressalta também que essa jornada teve alguns ‘intervalos de afastamento’, como ele mesmo coloca, por conta de trabalhos fora de Cuiabá e para estudos de formação profissional.  Mas nada definitivo, sorte da comunidade espírita.

Pedro destaca a importância do 1º Encontro da Casa, ressaltando a relevância do tema principalmente em relação á realidade. “É uma iniciativa oportuna. Há muito assombro e desconfianças quanto à realidade da instituição família na atualidade. O conceito tradicional de um grupo constituído de pai, mãe e filhos não é exclusivo. Passamos a conviver com a realidade de famílias com as mais diversas composições, além da tradicional: só a mãe com filhos, ou só o pai com filhos, avós ou tios com seus netos ou sobrinhos, casais homoafetivos,  famílias mosaicos com pais divorciados e filhos de casamentos anteriores, transgeracionais, incluindo diferentes gerações como  avós, filhos e netos e outras tantas configurações. E tudo é família. É preciso um entendimento novo capaz de compreender a realidade de todos estes formatos de família: pessoas com laços afetivos, comprometidas em se cuidarem, desenvolvendo a amorosidade através da convivência”, explica Piloni.

Para o experiente ministrante temos que fazer valer nosso espaço de encontro entre pessoas que se amam e se cuidam como nosso laboratório para o desenvolvimento amoroso. “Um dia teremos a humanidade como nossa família, estendendo a todos nossa capacidade de bem querer, cuidar, proteger. Para chegar a esse grau evolutivo, precisamos da família, espaço de relações no qual aprendemos a amar.”

Pedro terá duas horas durante o encontro para ministrar suas ideias sobre o tema, segundo ele, será uma abordagem rápida na qual espera oportunizar que cada participante se perceba na dinâmica da vida familiar, encontrando referências para bem aproveitar este espaço educativo e de evolução espiritual.

Maria Cristina de Carvalho Sousa Lima Piloni, conhecida apenas como Cristina Piloni, nasceu em um lar espírita, mas se considero espírita somente a partir dos 16 anos quando, após ler alguns livros, conscientemente optou pelo Espiritismo. “Então, como estou com 66 anos, sou espírita há 50”, explica ela.

Também frequentadora e trabalhadora do Centro Espírita Cuiabá, Cristina Há 42 anos já ministra e palestra. Inicialmente no Rio de Janeiro onde morou até 1987 e, depois disso, continuou seus trabalhos aqui em Cuiabá, inclusive como autora de obra espírita.

Tranquila, Cristina diz que o convite foi importante não só para poder explanar o tema em si, pela relevância do assunto, mas também “pela oportunidade de passar uma tarde ao lado de pessoas que compartilham comigo o mesmo ideal de vida, estudando um tema interessante, sinto-me feliz,” diz carinhosamente a companheira. Além disso, “ela relevância do assunto, sinto-me consciente da responsabilidade de ser um dos facilitadores do estudo. Pelo fato de este encontro ser o primeiro do gênero que a Casa promove, sinto-me muito honrada pelo convite”

Para a palestrante o tema família tem preocupado educadores, psicólogos, legisladores, sociólogos e as pessoas de um modo geral e muita coisa interessante tem sido escrita e dita sobre o assunto.  “Contudo, ainda que embasados em estudos minuciosos e pesquisas muito sérias, falta a esses estudiosos (pelo menos à maioria deles) o conhecimento da reencarnação, da lei de causa e efeito e da influência dos espíritos em nossas vidas, fatores que ampliam e aprofundam a visão dos problemas referentes à constituição e à convivência familiares. Neste sentido, ouso dizer que nós espíritas temos muito a contribuir para enriquecer a discussão do tema família”, bem diz Cristina que já nos deixa ansiosos por suas palavras no evento.

Certeira nas palavras, muito explícito pela feliz entrevista concedida, Cristina humildemente fala sobre sua participação no 1º Encontro da Família do LEAE: “Como ainda somos aprendizes nesta matéria, a nossa participação não será a de professores que já dominam o assunto na teoria e na prática. A nossa intenção é apresentar questionamentos e ideias de autores respeitáveis para que, juntos, possamos refletir sobre o tema e tentarmos chegar a algumas conclusões”.

Chegando ao fim de nossa conversa, Cristina ainda deu exemplo de modéstia. Perguntada sobre como melhorar nossa realidade familiar, a experiente palestrante nos diz: “Parece-me que só há um caminho para melhorar não só a realidade familiar em nossa sociedade, como também toda a vida na Terra, qual seja seguir o roteiro traçado por Jesus e que está contido no seu Evangelho e resumido no amar ao próximo como a si mesmo e a não fazer aos outros o que não queremos que os outros nos façam. Em tal contexto, o nosso papel enquanto espíritas é divulgar e, sobretudo, vivenciar este roteiro”.

Equipe de Comunicação do LEAE